Quando a Pneumonia Infantil exige internação hospitalar?

Postado em: 07/04/2025

A Pneumonia Infantil é uma infecção pulmonar séria que pode variar de casos leves, tratados em casa, a quadros graves que exigem internação hospitalar. Para muitos pais, entender quando procurar atendimento médico emergencial e quando o tratamento domiciliar é suficiente pode ser um grande desafio. Embora a maioria dos casos seja tratada com antibióticos e cuidados em casa, algumas crianças apresentam sintomas mais intensos que requerem monitoramento hospitalar. Saiba mais!

O que determina a gravidade da Pneumonia Infantil?

A pneumonia é uma infecção que afeta os pulmões e pode ser causada por vírus, bactérias ou fungos. A gravidade da doença depende do agente causador, da idade da criança, de seu estado de saúde geral e da rapidez com que o tratamento é iniciado.

Os casos mais leves de PNEUMONIA INFANTIL costumam apresentar febre moderada, tosse e cansaço, mas sem grande impacto na respiração da criança. Já as pneumonias mais graves podem evoluir com dificuldade respiratória significativa, febre alta persistente e até complicações como derrame pleural, que ocorre quando há acúmulo de líquido ao redor dos pulmões.

Além disso, algumas crianças são mais vulneráveis a complicações da pneumonia, como bebês com menos de um ano, crianças desnutridas, prematuros e aquelas com doenças respiratórias pré-existentes, como asma ou broncodisplasia pulmonar. Nesses casos, o risco de uma evolução mais grave é maior e exige atenção redobrada.

Sinais de que a Pneumonia Infantil pode exigir internação

Embora muitos casos possam ser tratados com repouso, hidratação e antibióticos em casa, algumas situações indicam que a hospitalização é necessária. Entre os principais sinais que requerem atendimento médico imediato estão:

  • Dificuldade para respirar, com respiração acelerada ou esforço visível ao respirar.
  • Febre alta persistente, que não melhora mesmo com medicação antipirética.
  • Tosse intensa e produtiva, acompanhada de secreção espessa e dificuldade para eliminar o muco.
  • Fadiga extrema e sonolência, sinalizando que o corpo está lutando para manter a oxigenação adequada.
  • Coloração arroxeada nos lábios e extremidades, um sinal de baixa oxigenação no sangue.
  • Desidratação, percebida pela boca seca, choro sem lágrimas e pouca urina.

Se algum desses sintomas estiver presente, o ideal é procurar um hospital para avaliação e possível internação. O suporte hospitalar pode incluir administração de oxigênio, hidratação intravenosa e antibióticos endovenosos para combater a infecção de forma mais eficaz.

O papel da oxigenoterapia na pneumonia grave

Quando a pneumonia compromete a função pulmonar, a criança pode apresentar baixa saturação de oxigênio, o que exige a administração de oxigênio suplementar no hospital. A oxigenoterapia é fundamental para evitar complicações graves, como insuficiência respiratória.

A avaliação da oxigenação é feita por meio da oximetria de pulso, um exame simples e indolor que mede a quantidade de oxigênio no sangue. Se os níveis estiverem abaixo do esperado para a idade da criança, a internação pode ser indicada para garantir suporte respiratório adequado.

Nos casos mais graves, onde há grande dificuldade para respirar mesmo com oxigênio suplementar, pode ser necessário o uso de ventilação não invasiva ou, em situações críticas, ventilação mecânica para garantir a respiração adequada até que a infecção seja controlada.

Complicações que podem levar à internação

Além da insuficiência respiratória, algumas complicações da pneumonia infantil exigem internação hospitalar. O derrame pleural, por exemplo, ocorre quando há acúmulo de líquido ao redor dos pulmões, dificultando ainda mais a respiração. Em alguns casos, pode ser necessário realizar um procedimento para drenar esse líquido e facilitar a expansão pulmonar.

Outras complicações incluem abscessos pulmonares, que são acúmulos de pus dentro do pulmão, e a septicemia, uma infecção grave que pode se espalhar pelo corpo e comprometer o funcionamento de outros órgãos. Essas situações são raras, mas podem ocorrer em crianças que não recebem o tratamento adequado logo nos primeiros sintomas da pneumonia.

O que esperar do tratamento hospitalar?

A internação para “pneumonia infantil” tem como objetivo estabilizar a criança, garantindo suporte respiratório e tratamento eficaz contra a infecção. No hospital, são administrados antibióticos intravenosos, hidratação e suporte respiratório, conforme a necessidade de cada caso.

O tempo de internação pode variar, mas geralmente dura de 3 a 7 dias, dependendo da resposta ao tratamento. Durante esse período, a criança será monitorada de perto para avaliar a melhora dos sintomas e evitar complicações.

A alta hospitalar só acontece quando a criança apresenta melhora significativa, sem sinais de desconforto respiratório, febre controlada e boa aceitação da alimentação e hidratação.

Prevenção: como evitar internações por pneumonia?

A melhor forma de evitar casos graves de pneumonia infantil é a prevenção. A vacinação desempenha um papel essencial, com imunizações como a pneumocócica, meningocócica e contra gripe ajudando a reduzir o risco de infecções pulmonares. Além disso, manter uma alimentação equilibrada, evitar exposição a fumaça de cigarro e tratar precocemente infecções respiratórias contribui para fortalecer a imunidade da criança.

O acompanhamento pediátrico regular também é fundamental para monitorar a saúde respiratória e identificar possíveis problemas antes que evoluam para quadros graves. Crianças com histórico de doenças pulmonares devem ter um acompanhamento mais próximo para evitar complicações.

Vamos conversar?

A pneumonia infantil pode variar de casos leves a quadros graves que exigem internação hospitalar. Saber identificar os sinais de alerta, como dificuldade respiratória, febre persistente e baixa oxigenação, é essencial para garantir um tratamento rápido e eficaz. A hospitalização, quando necessária, permite um cuidado intensivo, reduzindo os riscos e acelerando a recuperação da criança.

A Dra. Aline Amoras, pneumologista pediátrica, tem ampla experiência no diagnóstico e tratamento de doenças respiratórias como a Pneumonia Infantil. Seu trabalho é focado no atendimento especializado e no acompanhamento individualizado para garantir que cada criança receba o cuidado necessário para sua plena recuperação e bem-estar.

Dra. Aline Amoras

Pediatra e Pneumologista Pediátrica

CRM 220125

RQE 93070/ 930701


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