Dúvidas Comuns Sobre Vacinação Infantil Respondidas por Especialistas

Postado em: 26/05/2025

A Vacinação Infantil é uma das ferramentas mais eficazes para prevenir doenças graves, muitas das quais já foram responsáveis por altos índices de mortalidade no passado. 

Apesar dos avanços e da ampla disponibilidade de vacinas, ainda existem muitas dúvidas entre pais e responsáveis, que nem sempre sabem o que esperar ou como agir em relação à imunização de seus filhos.

Especialistas em pediatria e imunologia reforçam que as vacinas são seguras, testadas e fundamentais para a saúde coletiva. 

Porém, é natural que surjam questionamentos, principalmente diante de informações desencontradas. 

Por isso, a seguir reuni as dúvidas mais comuns sobre vacinação infantil, com respostas claras e baseadas em evidências científicas. Confira!

Dúvidas comuns sobre vacinação infantil respondidas por especialistas

As vacinas são realmente seguras para bebês?

Uma das perguntas mais recorrentes entre os pais é sobre a segurança da “Vacinação Infantil“ nos primeiros meses de vida. 

A resposta é unânime: sim, as vacinas são seguras

Antes de serem liberadas, elas passam por estudos rigorosos e fases extensas de testes clínicos. 

Após aprovadas, continuam sendo monitoradas por órgãos como a Anvisa e a OMS.

Os efeitos colaterais mais comuns são leves e autolimitados, podendo incluir:

  • Febre baixa nas primeiras 24–48 horas;
  • Vermelhidão ou dor no local da aplicação;
  • Irritabilidade ou sonolência.

Reações graves são extremamente raras. E, mesmo nesses casos, os benefícios da vacinação superam amplamente os riscos.

É possível aplicar mais de uma vacina no mesmo dia?

Sim. A aplicação de vacinas combinadas no mesmo dia é prática comum e segura, além de reduzir o número de visitas ao posto de saúde e o estresse para a criança

Muitas vacinas já vêm em forma de combinação, como a pentavalente (DTPa + Hib + Hepatite B), o que diminui o número de injeções necessárias.

O sistema imunológico infantil é perfeitamente capaz de lidar com múltiplas vacinas ao mesmo tempo, sem prejuízos à sua eficácia ou segurança.

E se a criança estiver doente no dia da vacina?

Se a criança estiver com febre alta ou algum quadro infeccioso agudo mais intenso, pode ser necessário adiar temporariamente a vacinação. 

No entanto, sintomas leves, como coriza, tosse leve ou resfriado comum, não impedem a imunização.

O pediatra é o profissional mais indicado para avaliar o quadro clínico no momento da aplicação. 

Adiar sem necessidade pode comprometer o calendário vacinal e deixar a criança vulnerável a doenças.

A vacinação infantil pode causar autismo?

Esse é uma dos mitos mais disseminados sobre a vacinação infantil e já foi amplamente desmentido pela comunidade científica. 

A origem do boato remonta a um estudo fraudulento publicado em 1998, que foi posteriormente retirado e desacreditado.

Estudos sérios e revisões sistemáticas em larga escala confirmam que não existe qualquer relação entre vacinas e autismo

As vacinas são seguras e salvam milhões de vidas todos os anos.

E se houver atraso no calendário vacinal?

Atrasos podem acontecer por diversos motivos, mas isso não significa que a criança precisará reiniciar o esquema de vacinação. 

O ideal é procurar o pediatra ou o serviço de saúde o quanto antes para fazer a atualização das doses conforme as orientações do Programa Nacional de Imunizações (PNI).

O importante é não deixar de vacinar, mesmo que com atraso. O resgate do esquema vacinal é possível e necessário para garantir a proteção adequada.

Por que vacinar contra doenças que já estão “erradicadas”?

Doenças como sarampo, rubéola e poliomielite se tornaram raras graças à vacinação em massa. No entanto, elas não foram completamente erradicadas do mundo, e surtos ainda ocorrem em países com baixa cobertura vacinal.

Vacinar é uma forma de proteção individual e coletiva. Quando a taxa de imunização cai, essas doenças podem retornar

É o que já aconteceu com o sarampo, que voltou a circular no Brasil após anos de controle.

A vacinação infantil é um compromisso com a saúde da criança e com toda a sociedade. Em caso de dúvidas, o melhor caminho é conversar com um pediatra ou profissional de saúde de confiança, que poderá orientar com base em conhecimento técnico, empatia e responsabilidade.

Quer conversar sobre este ou outros assuntos relacionados à saúde infantil? Estou à disposição para marcarmos uma consulta!

Aline Amoras

Pediatra e Pneumologista Pediátrica

CRM: 220125 | RQE: 93070 | 930701


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