Como Reduzir o Risco de Crises Graves de Asma Infantil com Tratamento Adequado

Postado em: 12/05/2025

A Asma é uma das doenças crônicas mais comuns na infância e representa uma das principais causas de atendimento em pronto-socorro e internações pediátricas. 

No entanto, apesar da sua frequência, é perfeitamente possível manter a doença sob controle e evitar crises graves com um tratamento adequado, individualizado e constante.

O grande desafio da asma infantil não está apenas em tratar os sintomas quando eles surgem, mas sim em prevenir sua ocorrência. Isso só é possível com o acompanhamento regular do pneumologista pediátrico e a adoção de estratégias eficazes.

A seguir, saiba mais sobre como é possível controlar a inflamação das vias aéreas, reduzir a sensibilidade aos gatilhos e promover a adesão da criança ao plano terapêutico junto a um especialista!

Como reduzir o risco de crises graves de asma infantil com tratamento adequado

Entendendo o que causa as crises de asma

Para prevenir as crises graves, é essencial compreender o que as provoca. 

A ”Asma” é uma condição inflamatória crônica dos brônquios, que se tornam mais sensíveis a estímulos do ambiente. 

Quando expostos a esses gatilhos, os brônquios se contraem, produzem muco em excesso e dificultam a passagem de ar, gerando sintomas como falta de ar, chiado no peito, tosse e cansaço.

Entre os principais desencadeadores de crises de asma estão:

  • Infecções respiratórias, especialmente virais;
  • Mudanças bruscas de temperatura e tempo seco;
  • Exposição a poeira, mofo, fumaça e ácaros;
  • Contato com alérgenos como pelos de animais e pólen;
  • Emoções intensas e esforço físico em excesso;
  • Falhas no uso ou interrupção do tratamento preventivo.

Esses fatores podem variar de criança para criança. Por isso, o tratamento deve ser sempre personalizado, levando em conta o histórico clínico, a gravidade da doença e o contexto familiar.

O papel do tratamento contínuo no controle da asma

O tratamento da asma infantil é dividido em dois pilares: o controle da inflamação crônica e o alívio rápido das crises agudas

O erro mais comum é usar apenas os medicamentos de alívio, como os broncodilatadores, sem seguir corretamente a medicação de controle, que atua na base do problema — a inflamação dos brônquios.

Entre os principais componentes do tratamento adequado, destacam-se:

  • Uso regular de medicamentos de controle prescritos pelo pneumologista: fundamentais para prevenir o aparecimento de crises;
  • Medicações combinadas de controle prolongado: em casos mais graves, podem incluir, por exemplo, broncodilatadores de longa duração;
  • Medicações de alívio (resgate): usadas em momentos de crise, sempre com prescrição médica;
  • Acompanhamento médico periódico: para ajustes de dose, reavaliação do quadro e orientação contínua;
  • Plano de ação por escrito: documento elaborado pelo pneumologista para orientar a família sobre o que fazer diante de sintomas leves, moderados ou graves.

Crianças que seguem corretamente o plano terapêutico tendem a apresentar menos sintomas, menor necessidade de hospitalizações e uma rotina mais ativa, podendo frequentar a escola, praticar esportes e brincar com liberdade.

Estratégias complementares para reduzir riscos

Além do tratamento medicamentoso, existem medidas complementares que ajudam significativamente a reduzir o risco de crises graves e melhorar o controle da asma no dia a dia.

Essas estratégias incluem, por exemplo:

  • Identificar e evitar gatilhos ambientais (como mofo, poeira e fumaça);
  • Manter a casa limpa e ventilada, com lençóis e cortinas lavados com frequência;
  • Não expor a criança à fumaça de cigarro, nem mesmo de forma indireta;
  • Incentivar hábitos saudáveis, como alimentação balanceada e atividade física orientada;
  • Atualizar a carteira de vacinação, especialmente com vacinas contra gripe e pneumococo;
  • Reconhecer precocemente sinais de piora para agir rapidamente com o tratamento de resgate.

O envolvimento da família no cuidado diário e o apoio do pneumologista pediátrico fazem toda a diferença. 

É possível manter a asma sob controle! Com o tratamento certo e acompanhamento contínuo, a criança pode viver com mais liberdade, segurança e qualidade de vida.

Vamos conversar e garantir o melhor cuidado possível para a saúde respiratória do seu pequeno? Entre em contato para marcar uma consulta!

Aline Amoras

Pediatra e Pneumologista Pediátrica

CRM: 220125 | RQE: 93070 | 930701


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