Como identificar se a Asma Infantil está controlada

Postado em: 01/04/2025

A Asma Infantil é uma condição respiratória crônica que pode impactar significativamente a qualidade de vida infantil. Embora não tenha cura, o controle adequado permite que a criança leve uma vida ativa e sem limitações. Para muitos pais, entender se a asma do filho está realmente controlada pode ser um desafio, já que os sintomas podem variar conforme fatores ambientais e sazonais.

Saber reconhecer os sinais de estabilidade da doença, assim como os fatores que indicam a necessidade de ajustes no tratamento, é essencial para evitar crises e hospitalizações. Entenda no artigo!

O que significa ter a Asma Infantil controlada?

O controle da asma infantil vai muito além da ausência de crises. Uma criança com a condição bem administrada deve ter uma rotina normal, sem limitações para brincar, correr ou realizar atividades físicas. Além disso, o sono deve ser tranquilo, sem interrupções causadas por tosse ou falta de ar.

Outro fator importante é a necessidade de medicação de alívio. Se a criança precisa usar broncodilatadores com frequência para conseguir respirar melhor, isso pode indicar que a inflamação nas vias respiratórias ainda não está bem controlada. 

O objetivo do tratamento é reduzir ao máximo a dependência desse tipo de medicamento, mantendo a estabilidade respiratória apenas com a medicação preventiva prescrita pelo pneumologista pediátrico.

Sinais de que a Asma Infantil está bem controlada

A asma infantil pode ser considerada controlada quando a criança:

  • Não apresenta sintomas frequentes, como tosse e chiado no peito.
  • Consegue realizar atividades físicas sem dificuldade ou cansaço excessivo.
  • Dorme bem e não acorda durante a noite por falta de ar.
  • Não precisa usar a medicação de alívio mais de duas vezes por semana.
  • Não apresenta crises inesperadas que exijam atendimento de urgência.

Se esses critérios forem atendidos, significa que o tratamento está funcionando e a asma está sob controle. No entanto, qualquer alteração nesses aspectos deve ser comunicada ao médico para avaliar se há necessidade de ajustes na abordagem terapêutica.

Sinais de alerta que indicam descontrole da asma

Embora a ausência de crises graves possa dar a falsa impressão de que a “asma infantil” está estabilizada, alguns sinais mais sutis podem indicar que o controle não está tão eficaz quanto deveria.

Se a criança começa a apresentar tosse frequente, principalmente à noite ou ao acordar, pode ser um sinal de que há uma inflamação branda nas vias respiratórias. Pequenos episódios de chiado no peito ou cansaço após atividades leves também podem sugerir que a asma não está totalmente controlada.

Outro ponto de atenção é o uso crescente da medicação de alívio. Se o broncodilatador começa a ser utilizado com mais frequência do que o recomendado pelo pneumologista, é necessário reavaliar a abordagem. O ideal é que a medicação preventiva seja suficiente para manter os sintomas afastados, sem a necessidade constante de intervenções emergenciais.

Quando buscar acompanhamento médico para reavaliar o tratamento?

O acompanhamento regular com um pneumologista pediátrico é fundamental para garantir que o tratamento da asma esteja adequado à fase de crescimento da criança. No entanto, algumas situações exigem uma reavaliação antes da consulta de rotina.

Se a criança teve mais de uma crise em um curto período de tempo, precisou ir ao pronto atendimento ou começou a apresentar tosse e chiado com maior frequência, o tratamento pode precisar de ajustes. Além disso, mudanças no ambiente, como troca de estação, aumento da poluição ou exposição a alérgenos, podem desencadear sintomas e exigir novas estratégias para manter a asma sob controle.

Os pais também devem estar atentos ao impacto da asma na qualidade de vida da criança. Se houver restrições no dia a dia, seja em atividades físicas, na escola ou durante o sono, é um indicativo de que a condição não está tão bem controlada quanto deveria.

O papel da adesão ao tratamento na estabilidade da Asma Infantil

O sucesso no controle da asma infantil está diretamente ligado à adesão correta ao tratamento. Muitas vezes, quando os sintomas desaparecem, os pais podem acreditar que a criança não precisa mais da medicação preventiva, o que pode resultar em recaídas e crises inesperadas.

O tratamento da asma envolve medicamentos de controle, que atuam na prevenção da inflamação das vias respiratórias, e medicamentos de alívio, que são utilizados apenas em crises. Seguir corretamente o plano terapêutico indicado pelo pneumologista pediátrico é essencial para evitar a progressão dos sintomas e manter a criança protegida contra agravamentos da doença.

Além do uso correto das medicações, medidas como controle ambiental, evitar exposição à poeira, mofo e fumaça de cigarro, e incentivar a prática de atividades físicas seguras para a criança ajudam a melhorar a resposta ao tratamento e a reduzir a frequência das crises.

Vamos conversar?

Identificar se a ASMA INFANTIL está controlada exige observação contínua dos sintomas e uma comunicação próxima com o pneumologista pediátrico. Quando bem administrada, a criança pode ter uma rotina normal, sem limitações ou preocupações frequentes com crises respiratórias.

O acompanhamento especializado é essencial para garantir que a asma esteja sob controle e que a criança possa crescer e se desenvolver com qualidade de vida. Com uma abordagem adequada, baseada no uso correto das medicações e em cuidados preventivos, é possível manter a estabilidade da Asma Infantil e proporcionar mais segurança para toda a família.

Dra. Aline Amoras

Pediatra e Pneumologista Pediátrica

CRM 220125

RQE 93070/ 930701


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