Como identificar os primeiros sinais de Bronquiolite em Bebês?

Postado em: 11/04/2025

A bronquiolite é uma infecção respiratória comum em bebês, especialmente nos primeiros dois anos de vida. Causada, na maioria dos casos, pelo Vírus Sincicial Respiratório (VSR), essa condição pode comprometer a respiração da criança, levando a sintomas preocupantes como chiado no peito e dificuldade para respirar. Identificar os primeiros sinais de Bronquiolite em Bebês é essencial para iniciar o tratamento de forma precoce e evitar complicações.

Como a bronquiolite começa?

Nos primeiros dias da infecção, os sintomas da bronquiolite podem ser leves e fáceis de confundir com um resfriado. O bebê pode apresentar nariz entupido, coriza e tosse seca. A febre, quando presente, costuma ser baixa e não durar muitos dias. Esse período inicial pode durar de dois a três dias antes que a infecção comece a afetar mais intensamente as vias respiratórias inferiores.

À medida que a doença progride, o quadro respiratório se agrava. A tosse se torna mais frequente e há um aumento na produção de muco, dificultando a respiração do bebê. O chiado no peito, característico da bronquiolite, pode surgir devido ao estreitamento dos bronquíolos, pequenas vias aéreas dos pulmões que ficam inflamadas. Esse é um dos principais sinais de que a infecção está avançando e que a criança precisa de uma avaliação médica.

Os sinais de alerta que indicam evolução da doença

O agravamento da bronquiolite pode ocorrer rapidamente, principalmente em bebês menores de seis meses. Um dos primeiros sinais de que a infecção está comprometendo a respiração da criança é o aumento da frequência respiratória. Se o bebê começa a respirar mais rápido do que o normal, com esforço visível, pode ser um indicativo de que os pulmões não estão conseguindo fornecer oxigênio suficiente ao organismo.

Outro sinal importante é a retração das costelas durante a respiração. Isso acontece quando a criança faz esforço para puxar o ar, e a pele entre as costelas ou abaixo do esterno parece afundar a cada inspiração. Esse é um sintoma de alerta para dificuldades respiratórias e requer atenção imediata.

Além disso, bebês com bronquiolite podem apresentar cansaço excessivo, ficando mais sonolentos e sem energia para interagir ou brincar. A recusa alimentar também é um sintoma comum, já que o esforço para respirar pode tornar difícil a sucção durante a amamentação ou a alimentação com mamadeira. Se o bebê não está conseguindo se alimentar adequadamente e apresenta sinais de desidratação, como boca seca e pouca urina, a situação pode estar se agravando.

Quando procurar um médico?

Nem toda bronquiolite exige internação, mas alguns sinais indicam a necessidade de atendimento médico imediato. Se o bebê apresenta respiração muito rápida, chiado intenso, lábios arroxeados ou dificuldade extrema para mamar, é fundamental buscar ajuda rapidamente. A oxigenação inadequada pode levar a complicações sérias e, em alguns casos, pode ser necessária a administração de oxigênio em ambiente hospitalar.

Outro fator que exige atenção é a persistência da febre alta. Embora a BRONQUIOLITE EM BEBÊS geralmente cause febre baixa, um quadro febril prolongado pode indicar uma infecção secundária, como pneumonia. O acompanhamento com um pneumologista pediátrico é essencial para avaliar a necessidade de exames complementares e definir o melhor tratamento para o bebê.

Como é feito o tratamento da bronquiolite?

O tratamento da “bronquiolite em bebês” é, na maioria dos casos, sintomático. Isso significa que não há um medicamento específico para eliminar o vírus causador da infecção, e o foco está no alívio dos sintomas e no suporte respiratório. Medidas como manter o bebê hidratado, fazer lavagem nasal frequente e garantir um ambiente úmido e arejado ajudam a melhorar a respiração.

Em casos mais leves, o tratamento pode ser feito em casa, com monitoramento dos sintomas e cuidados para evitar o acúmulo de secreção nas vias respiratórias. Já em situações mais graves, a hospitalização pode ser necessária para fornecer suporte com oxigênio e hidratação intravenosa, garantindo que o bebê tenha um suporte adequado enquanto seu organismo combate a infecção.

O papel da prevenção na redução dos casos de bronquiolite

Embora não seja possível eliminar completamente o risco de bronquiolite, algumas medidas ajudam a reduzir a chance de infecção, especialmente durante os meses mais frios do ano, quando os vírus respiratórios circulam com maior intensidade.

A lavagem frequente das mãos é uma das formas mais eficazes de prevenir a transmissão de vírus. Evitar o contato próximo com pessoas gripadas e manter os ambientes bem ventilados também são estratégias importantes para proteger os bebês. Em casos de prematuros ou crianças com doenças pulmonares crônicas, a imunização contra o VSR pode ser indicada pelo pediatra, reduzindo o risco de infecção grave.

A amamentação também desempenha um papel essencial na proteção contra infecções respiratórias. O leite materno fortalece o sistema imunológico do bebê, ajudando a reduzir a gravidade de infecções como a bronquiolite. Para bebês que não são amamentados, garantir uma alimentação equilibrada e manter o calendário de vacinação atualizado são formas de fortalecer a imunidade e reduzir os riscos de complicações.

Vamos conversar?

Identificar os primeiros sinais da bronquiolite em bebês é essencial para garantir um tratamento precoce e evitar complicações respiratórias. Embora a infecção possa começar com sintomas leves, a rápida evolução para dificuldade respiratória exige atenção dos pais e, em alguns casos, avaliação médica urgente. O monitoramento dos sinais de alerta, como respiração acelerada, retração das costelas e dificuldade para mamar, ajuda a determinar quando buscar atendimento.

A Dra. Aline Amoras, pneumologista pediátrica, possui ampla experiência no diagnóstico e tratamento de doenças como a Bronquiolite em Bebês. O acompanhamento especializado permite uma abordagem segura e eficaz para garantir o bem-estar dos pequenos e prevenir complicações mais graves.

Dra. Aline Amoras

Pediatra e Pneumologista Pediátrica

CRM 220125

RQE 93070/ 930701


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